No começo da pandemia, com tudo tão mais incerto quanto agora, muito se falou na mudança que o isolamento social poderia influenciar no comportamento humano. As dificuldades de quem tem menos tocariam profundamente quem tem mais, geraria empatia em todos e em pouco tempo seríamos novas pessoas. Menos egoístas, com certeza. Empáticos sim, como não?
Alô, alô marciano
São cinco meses de mudanças na rotina e nos planos. Nesses dias teve períodos em que não consegui dormir direito, que comi demais, que assisti a séries como se não houvesse um amanhã cheio de compromissos com a vida. No meio disso, em junho, sofri um acidente e fiquei de cama por longas semanas.
Exemplo que arrasta
Mais de 50 mil pessoas morreram de covid-19 até ontem (20). Cinquenta mil vidas se foram vítimas de um vírus que chamamos ‘novo’ mas que já está há muito tempo entre nós destroçando famílias. Muito tempo para tanta morte são quatro meses desde a primeira vítima no Brasil. Bebês, crianças, jovens e idosos de gêneros, idades e classes sociais distintas morreram nesse imenso País, que está há mais de um mês sem um ministro da Saúde.