É farinha, moço

Se num quiz alguém perguntar o que um nortista traz na mala após uma viagem à terrinha, pode responder sem medo de errar: farinha! Foi o que eu trouxe na bagagem em setembro, quando estivemos em Porto Velho. Foi a nossa primeira viagem após a mudança, em dezembro de 2018. Minha irmã Kárita fez a feira para mim, providenciou farinha seca e farinha de tapioca. Eu complementei com feijão de praia, charque e pimenta de cheiro. Até pensei em trazer goma para fazer tapioca, mas desisti com receio de ter a mala revirada no raio-x do aeroporto. Conheço algumas pessoas que passaram pelo constrangimento de serem revistadas porque a goma tem aparência semelhante a cocaína. Pois eu deveria ter comprado alguns quilos (de goma)!

Mala com as lembranças gastronômicas

Tive que abrir a mala para o fiscal verificar o que eram os pacotes. “É farinha, moço!”, eu disse, mas ele não se importou. Vai que era da farinha que o povo gosta de trazer da Bolívia né? Tudo bem, eu entendo. Após se certificar que não ia nada além de lembranças da terra, ele me liberou.

E foi assim que eu entrei para o clube dos nortistas parados no aeroporto com alguns quilos de farinha.

Farinha de mandioca, farinha de tapioca, charque, feijão de praia e pimenta de cheiro seguros em casa

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